PIRAPORA EM ALERTA MÁXIMO CONTRA A DENGUE

Publicado em: 10 de dezembro de 2025
Publicado por: Kelly Cristina

A Secretaria Municipal de Saúde afirma que Pirapora – Norte de Minas Gerais encontra-se em alto risco de uma epidemia de Dengue, Zika e Chikungunya. O fenómeno foi evidenciado pelo Levantamento Rápido de Índices para Aedes Aegypti (LIRAa), realizado entre 12 e 14 de novembro de 2025, pela Vigilância em Saúde.

O Índice de Infestação Predial (IIP) municipal consolidado para o Aedes aegypti atingiu o patamar alarmante de 6,3%. Notabiliza-se que segundo os critérios do Ministério da Saúde, índices iguais ou superiores a 4,0% são classificados como alto risco. O relatório estatístico ainda sugere que 100% dos estratos de pesquisa do município estão classificados nessa faixa de risco elevado.

 

 LIRAa APONTA RISCO ALTO DE INFESTAÇÃO NA CIDADE 

 

Por seu turno, o Índice de Breteau (IB), que mede a proporção de recipientes positivos em relação ao total de imóveis pesquisados, também é alto. Em outras palavras, foram encontrados quase oito recipientes com larvas do Aedes aegypti para cada 100 imóveis vistoriados.

Entre as áreas com maior IIP (índice acima de 10%) estão Jardim Mansões (33,33%), Morada do Sol (13,33%), Nossa Sra. Fátima (12,50%), Bom Jesus (12,50%), Conjunto João Guimarães (10,53%). Todavia, outras localidades, como Nova Pirapora (9,80%) e Santo Antônio (9,72%), também apresentam risco iminente de surto, com índices próximos ou acima do dobro do limite de alto risco.

Oportunamente, a análise dos criadouros (recipientes com larvas) encontrados mostra que a maior parte dos focos do mosquito está em depósitos domésticos e lixo. Formalmente, 35,9% dos criadouros estão em recipientes como plásticos, garrafas, latas e sucatas descartadas (D2). Ao mesmo tempo, 31,1% estão em depósitos móveis (B), como recipientes para armazenamento de plantas, vasos e pratos. Juntos, esses dois tipos de recipientes somam mais de 67% dos focos de Aedes aegypti na cidade, indicando que a eliminação de água parada em objetos de descarte e vasos de plantas deve ser o foco principal da população no combate ao vetor. Além disso, realizar a limpeza urbana e rural, como em lotes, caixas de água, calhas e outros.

A Vigilância em Saúde reforça o apelo à população para que intensifique as ações de limpeza em suas residências e quintais, eliminando qualquer recipiente que possa acumular água e servir como criadouro do mosquito, dada a classificação de alto risco que exige mobilização imediata, para evitar uma crise de saúde pública.